sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Ano Litúrgico


EVANGELIZA SHOW
TEMA: ANO LITÚRGICO

A frase de Santo Agostinho cabe bem ao programa desta semana: “Quanto mais conhecemos, mais amamos”.


Este símbolo do ano litúrgico, nos ajuda entendê-lo.

Várias pessoas vão à Igreja e acham tudo lindo, porém, muitas vezes não conseguem entender a simbologia, que está acontecendo lá.
Antigamente, por exemplo, a letra M era associada à Maria. Hoje, quando se vê um M há quem fique em dúvida quanto ao seu significado, se é alguma marca de produto ou de loja comercial.
A igreja tem muitos sinais que desconhecemos. Por pararmos de usá-los, outros se apropriaram. O tema deste programa foi escolhido para elucidar àqueles que vão à igreja e querem saber mais sobre o que está acontecendo, e o que está sendo celebrado.
Estamos nas vésperas de Cristo Rei, o princípio e o fim. Por isso, nos aprofundaremos mais neste assunto.
O ano litúrgico
Ele é desenvolvido para celebrar os grandes momentos da fé cristã, baseados em dois grandes princípios considerados marcos da igreja: encarnação (Natal) e ressurreição (Páscoa).
O calendário estabelecido pela igreja é denominado de “Ano ou Calendário Litúrgico”. Ele é diferente do ano civil ou calendário normal, que começa em 1º de janeiro e termina em 31 de dezembro.
O Ano Litúrgico começa no 1º domingo do Advento, cerca de quatro semanas antes do Natal, e termina no sábado anterior a 24 de dezembro. Ele é dividido em tempos e ciclos, sobre os quais vamos aprender mais, hoje.
Reforço aqui a importância do 1º domingo do Advento, que abre o Ano Litúrgico. É o dia do Senhor! Nele acontece uma grande festa da qual devemos participar, afinal, como todo domingo, também é uma páscoa.
Cada rito da igreja tem o seu próprio calendário litúrgico. E, a cada ano se trabalha um rito em especial, assim como, as leituras da Bíblia, que são cíclicas e se repetem a cada três anos, nos domingos e solenidades.
As leituras desses dias são divididas nos anos A, B e C - Ano A: Evangelho de São Mateus; Ano B: Evangelho de São Marcos; e Ano C: Evangelho de São Lucas. Na realidade são quatro os evangelhos, mas, o quarto - Evangelho de São João - é reservado para as ocasiões especiais, principalmente para as grandes festas e solenidades.
Entendendo as leituras
Nos dias de semana do Tempo Comum, há leituras diferentes dos anos pares e para os anos ímpares, com exceção do Evangelho, que se repete ano a ano. Assim, a cada três anos, se acompanharmos a liturgia diária, teremos lido quase toda a Bíblia.
O Ano Litúrgico começa com a festa de Cristo Rei. O Rei do Universo, o momento da revelação, o princípio e o fim. Tanto que no sírio pascal tem as letras alfa e ômega, que representam o princípio e o fim de tudo.
A festa de Cristo Rei encerra o Ano Litúrgico de 2008 e abre o ano de 2009.
Tempo do Advento
É tempo de espera, de expectativa. Jesus vai nascer! É tempo de preparação para as solenidades do Natal, data em que comemoramos a primeira vinda do Filho de Deus ao Mundo. Também é um tempo em que, baseados nessa lembrança, os corações se voltam à expectativa da segunda vinda de Cristo, no fim dos tempos. Por esse duplo motivo, o tempo do Advento se apresenta como um período de piedosa expectativa e de purificação de vida.
Tempo do Natal
Emanuel- Deus conosco. Ele está no meio de nós!
Natal é um tempo de fé, alegria e acolhimento do Filho de Deus que se fez Homem.
O tempo do Natal de Nosso Senhor se estende de 24 de dezembro
Até o domingo após da festa da Epifania, na qual se comemora o Batismo de Jesus. Durante esse ciclo são celebradas as festas da Sagrada Família, de Santa Maria, Mãe de Deus e o Batismo de Jesus.
Tempo da Quaresma
Período forte de conversão e penitência, jejum, esmola e oração. Quarenta dias de preparação para a Páscoa do Senhor. Nesse espaço de tempo não se diz o Aleluia, nem se coloca flores na igreja; evita-se muitos instrumentos e não se canta o Glória a Deus nas alturas, a fim de que as manifestações de alegria sejam expressadas de forma mais intensa na Páscoa, que se aproxima. A Quaresma inicia-se na Quarta Feira de Cinzas e termina na manhã da Quinta Feira Santa.
Tríduo pascal
O Tríduo Pascal começa com a missa da Santa Ceia do Senhor, na Quinta Feira Santa. Neste dia, celebra-se a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, e comemora-se o gesto de humildade de Jesus ao lavar os pés dos discípulos.
Na Sexta Feira Santa celebra-se a Paixão e Morte de Jesus Cristo. É o único dia do ano que não há missa, apenas uma celebração da Palavra, denominada “ação ou ato litúrgico”.
No Sábado Santo, a Igreja não exerce nenhum ato litúrgico. É dia de contemplação de Jesus morto e sepultado. Porém, na noite desse dia, já pertencente ao Domingo de Páscoa, acontece a solene Vigília Pascal. Conclui-se, então, o Tríduo Pascal preparatório para o ponto máximo da Páscoa: o Domingo da Ressurreição.
Tempo Pascal
A Festa da Páscoa ou da Ressurreição do Senhor, se estende por cinqüenta dias entre os domingos de Páscoa e de Pentecostes, que comemora a volta de Cristo ao Pai, na Ascensão, e o envio do Espírito Santo.
Essas sete semanas devem ser celebradas com alegria e exultação, como se constituíssem um só dia de festa, ou melhor, um grande domingo, vivendo uma espiritualidade de alegria no Cristo Ressuscitado e crendo firmemente na vida eterna.
Tempo Comum
É Cristo agindo no meio de nós.
Além dos tempos que têm características próprias, restam no ciclo anual 33 ou 34 semanas durante as quais são celebrados os Mistérios de Cristo na sua vida pública. Durante o Tempo Comum comemora-se principalmente aos domingos, o próprio Mistério de Cristo em sua plenitude. É um período sem grandes acontecimentos, mas que mostra a presença de Deus nas coisas mais simples. É um tempo de esperança, acolhimento da Palavra de Deus.
Apesar de ser chamado de Tempo Comum, ele não tem nada de vazio. É tempo para a Igreja dar continuidade à obra de Cristo, nas lutas e no trabalho pelo Reino.
O Tempo Comum é dividido em duas partes. A primeira é compreendida entre os períodos do Natal e da Quaresma, momentos de esperança e de escuta da Palavra que anuncia o Reino de Deus. A segunda, entre os tempos da Páscoa e do Advento, período para o cristão colocar em prática a vivência do Reino e ser sinal de Cristo no Mundo, ou como o próprio Jesus disse: ser sal da Terra e luz do Mundo.
O Tempo Comum é ainda, tempo privilegiado para celebrar as memórias da Virgem Maria e dos Santos.
As cores da igreja
Quando vamos à igreja, notamos que o altar, o ambão, a estola e a casula usadas pelo padre, têm a mesma cor. A cada período estas cores variam. Isso porque, a igreja se veste com as cores próprias de cada momento.

* Branco - Simboliza alegria, ressurreição, vitória e pureza. É usado na Páscoa, no Natal, nas solenidades e festas do Senhor, de Nossa Senhora e dos Santos (exceto dos apóstolos e mártires).
* Vermelho - Lembra o fogo do Espírito Santo e também o sangue. É a cor usada na liturgia dos apóstolos, dos mártires, no Domingo de Ramos, na Sexta Feira Santa e no Pentecostes.
* Verde - Simboliza o crescimento e a esperança. É usado no Tempo Comum.
* Roxo - É símbolo de penitência e conversão, usado nos tempos do Advento e da Quaresma, e também nas missas dos defuntos e sacramento da confissão.
* Preto - É sinal de tristeza e luto, que hoje está praticamente em desuso na liturgia.
* Rosa - Pode ser usado no 3º domingo do Advento e no 4º domingo da Quaresma. Simboliza uma breve pausa, certo alívio no rigor da penitência da Quaresma e na preparação para o Advento.

Para entender melhor tudo isso, preste mais atenção nos detalhes e na liturgia da Igreja.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

DÍZIMO.

EVANGELIZA SHOW
Padre Reginaldo Manzotti
Convidado: José Augusto Weber, missionário da Pastoral do Dízimo, da Arquidiocese de Curitiba.
TEMA: DÍZIMO

Exibição: 15/11/2008


Você pode interpretar equivocadamente, o Evangelho que lemos hoje, e achar que Jesus disse que o dízimo não é importante. Porém, saiba que é muito importante pagar o dízimo.
Sou um religioso envolvido na mídia, porém, também lidero uma paróquia. Sei que quando um padre começa a falar sobre o dízimo, as pessoas costumam dizer: “este padre é dinheirista”. Por isso, muitos padres evitam falar sobre o assunto.
Há pessoas que acham que o salário de um padre é proporcional ao número de fiéis dizimistas. No entanto, elas estão enganadas. Nem eu e nem nenhum outro padre é comissionado!
O dízimo é bíblico! É um mandamento da Igreja e ele tem três dimensões:

* Missionária. Serve ao trabalho realizado pela Igreja no Mundo.

* Social. Favorece o atendimento aos pobres.

* Religiosa. É destinado à manutenção dos templos e de todos os serviços que permitem eles funcionarem.

Dízimo é uma coisa, oferta é outra
Dízimo é a taxa de 10% do nosso salário. Percentual que a bíblia indica que devemos dar a Deus.
Tudo é de Deus. Nós somos dele e nosso salário também, uma vez que, tudo vem de Deus. Na verdade, ao darmos o dízimo, estaremos “devolvendo” para Ele, parte do que é dele (10%). E, quem não é fiel ao pagamento do dízimo está enganando a Deus.
Muitos indicam começar a prática de ser dizimista com 1%, mas este não é o percentual citado na bíblia! Há também quem fale em outros valores, outras porcentagens, porém, o correto é 10%.
Abordar esse assunto sempre será muito difícil, porque várias pessoas acham que a Igreja é dinheirista. Isso, apesar de haver dezenas de referências na bíblia sobre os pagamentos do dízimo e das ofertas.
Cristo nos ensinou que devemos sempre viver na verdade, na justiça e na caridade. E, Jesus não abrandou o dízimo. Ao contrário, ele o colocou no mesmo patamar dessas virtudes, mostrando-nos que ser dizimista é tão importante quanto viver na verdade, justiça e na caridade.
Uma das mais importantes passagens que versa sobre o dízimo está na carta de Malaquias, 3-10s. Este versículo fala que ao darmos o dízimo, faremos uma experiência com Deus, provaremos suas bênçãos.
Pensamentos equivocados
Nem mesmo aqueles que ajudam à Igreja voluntariamente e dão ofertas nas missas, estão isentos do pagamento do dízimo. O mesmo se dá com os padres, bispos e até mesmo o papa, pois, devemos pagar o dízimo, igualmente.
A fé tem de passar pela caridade e também pelo bolso. As ofertas dadas nas missas são entregues aos pobres.
A falta de pagamento de dízimo por parte de muitos fiéis obriga às Igrejas lançarem mão de festivais de prêmios, festas, ações entre amigos, entre outras estratégias, para poder arrecadar fundos capazes de cobrir reformas dos templos, ajudar a catequese e as demais pastorais. Se todos os fiéis cumprissem com essa obrigação, o montante arrecadado certamente seria o suficiente para arcar com todas essas despesas.
Em alguns países, o dízimo vem descontado nas folhas de pagamento, como se fosse um imposto. Parece engraçado, mas é verdade. Concordo com esta postura, pois acho que é uma forma das pessoas contribuírem com o que é certo. Mas, como a prática não é adotada no nosso país, cabe a cada um de nós, fazermos a nossa parte.
Deus não precisa desses 10%! Não é a Ele que você vai dar esse valor e sim, à Igreja, que cuida de tantas necessidades – missionárias, sociais e religiosas. É ela quem precisa ser mantida!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Terceira Idade

EVANGELIZA SHOW- Padre Reginaldo Manzotti

Qualidade de vida na melhor idade

Convidados: o casal Mauro Roberto Piovesan (médico geriatra) e Elizabeth Piovesan (pedagoga, especialista na área do envelhecimento cognitivo)

Quero rezar e oferecer este programa, por aqueles que estão abandonados nos asilos, nas casas de recuperação e “amparo” aos idosos.
Peço a Deus para que as famílias assumam os idosos que têm, assim como eles o fizeram no passado, quando assumiram os novos que surgiram nos seios familiares.
FILHOS, jamais se esqueçam deste mandamento: “Honrar pai e mãe”.
Deus abençoe nossos idosos e mande o arcanjo Gabriel para curá-los e levar a eles uma boa nova. Eles precisam disso! Muitos são os que passam privações sociais, econômicas e principalmente afetivas. Isso, sem contar as violências físicas, promovidas por filhos e outras pessoas próximas.

Senhor: abençoe todos os idosos do nosso Brasil e do Mundo!

Nossa sociedade vive uma grande ditadura da beleza. Ninguém quer envelhecer, porém, a vida tem o seu ciclo natural.
Será que devemos encarar a velhice, no prisma dos perigos da chamada melhor idade, que na verdade não é tão melhor assim? Será que não estamos maquiando uma realidade?
Como podemos chamar de melhor idade, uma fase em que os reflexos desaparecem? De melhor idade, se o valor da aposentadoria não dá nem para comprar remédios necessários? Ou ainda, de melhor idade uma fase na qual você tem um dinheirinho sobrando para comer algo que não pôde degustar quando jovem, mas as doenças próprias da senilidade não lhe permitem fazê-lo agora?

Como ter uma boa terceira idade
Penso que as pessoas devem chegar à fase final da vida de bem com Deus e com o próximo, sem precisar mentir, se esconder ou sobreviver à base de remédios com tarja preta. Devem colocar suas experiências a serviço do Senhor, seguindo os exemplos de São Joaquim, Santa Ana, Isabel e Zacarias, descritos no Evangelho.
Há uma preocupação muito grande da Igreja, com relação aos idosos, observada tanto nas dioceses quanto nos planos pastorais. O próprio documento de Aparecida estampa isso.

O que é envelhecer bem?
É envelhecer com sabedoria, olhando à frente, procurando sempre aprender mais. Ter convívio com familiares e amigos, e uma espiritualidade sempre renovada.
Viver bem é viver a idade que se tem. Envelhecer é um processo longo, que não acontece de uma noite para outra. Cabe a nós, aproveitar a vida durante o curso que ela segue.
Algumas pessoas não assumem a idade que têm e negam a velhice, com base na idéia errônea de que idoso é incapaz.
Muitos vivem em busca da fonte da juventude, que não existe. Portanto, devemos nos adaptar a nossa faixa etária, para evitar frustrações conseqüentes da idade.
Hoje há maior preocupação com a inclusão social da pessoa com mais idade, em oferecer a ela uma qualidade de vida. Mas, são muitos os preconceitos em relação àqueles que têm mais de 50 anos. Eles encontram dificuldades em conseguir colocação no mercado de trabalho. Teme-se a vulnerabilidade deles às enfermidades. Os empregadores esquecem da experiência de vida que acumularam ao longo dos anos. Governos e empresas deveriam levar em consideração que pessoas mais experientes certamente poderão ensinar os demais colegas de trabalho e desempenhar tarefas mais corretamente.
Para ter uma velhice “legal”, como dizem os jovens, se renove a cada momento. Para ter um futuro melhor, tenha uma alimentação equilibrada, aprenda coisas novas, movimente-se sempre, leia e pratique exercícios físicos e mentais.

Importância da família
Casas de repouso e asilos não são lugares ideais para idosos. Em muito desses locais, as pessoas ficam para escanteio, perdem o convívio familiar e o contato com o Mundo.
O lugar de idoso é com a sua família, círculo de extrema importância para todos.
Quando um idoso começa a perder a memória, mantenha a calma! Esquecer nomes, guardar coisas em locais errados, não se lembrar de como se executa determinada tarefa ou utilizar roupas não condizentes com o momento são comuns nesse caso. A saída é buscar ajuda com um profissional habilitado, que lhe ensinará a agir diante da situação.

FAMÍLIAS: respeitem os mais velhos não somente pela idade que têm, mas pela experiência que acumularam, por serem seus pais ou antecessores, dotados de maior sabedoria. Lembrem-se: os jovens de hoje serão os idosos de amanhã.
À exemplo de Santa Edith Stein ou Santa Teresa Benedita da Cruz, filósofa, judia e carmelita possamos dizer todos os dias:
SENHOR, DAI-ME A GRAÇA DE SABER ENVELHECER!